Publicado em: 30/08/2011

30/08/11

70 anos do Radiojornalismo no Brasil

No dia 29 de agosto as Faculdades Integradas Rio Branco receberam importantes profissionais de comunicação, docentes das Faculdades e de outras renomadas instituições de ensino e alunos de Jornalismo, para o lançamento do livro "70 anos de radiojornalismo no Brasil" e a homenagem a Dalmácio Jordão, do Repórter Esso, marcaram a comemoração dos 70 anos de Radiojornalismo no Brasil.

O livro, resultado de 20 anos de pesquisas, remonta a história do jornalismo, no mais popular meio de comunicação de massa, o rádio. Organizado por Sonia Virginia Moreira, a obra reúne 22 artigos sobre radiojornalismo de diversos autores, como a coordenadora do curso de Jornalismo das Faculdades Integradas Rio Branco, Patrícia Rangel, o professor da Faculdade Cásper Líbero, Pedro Vaz, o professor da Unisa, Marcelo Cardoso, e a coordenadora de Comunicação Social da Unisa, Júlia Lucia Oliveira, que compuseram a mesa redonda que discutiu aspectos do radiojornalismo, desde o inovador Repórter Esso, até as tendências atuais, como o jornalismo comunitário.

 


 Patrícia Rangel, Dalmácio Jordão, Pedro Vaz, Marcelo Cardoso e Júlia Lucia Oliveira

 

Segundo Patricia Rangel e Júlia Lucia Oliveira, o rádio possibilita um diálogo com várias pessoas e possui força de transformação e papel social, aprofundando e trazendo pessoas para discutir importantes temas. Para Marcelo Cardoso, o rádio, por ser um meio sensorial de comunicação, necessita de profissionais capazes de trabalhar com narrativas que mexam com as emoções e com a capacidade do ouvinte de criar imagens.

A importância e as diferenças entre reportagens especiais, séries e documentários em rádio foram explicadas por Patricia Rangel e Júlia Lucia Oliveira, que ressaltaram as diferenças das reportagens especiais, que estudam o percurso, o porquê dos fatos terem acontecido e o furo de reportagem, que são veiculadas nas rádios com mais frequência.

Marcelo Cardoso lembrou a crescente influência da publicidade e dos negócios no jornalismo, além da valorização dos índices de audiência. Para ele, as reportagens precisam resgatar o conteúdo mais humano do jornalismo, uma vez que cerca de 80% dos conteúdos e das imagens no telejornalismo são iguais.

Na abertura do encontro, Alexandre Uehara, diretor-acadêmico das Faculdades falou da importância do rádio no dia a dia das pessoas e ressaltou a honra de poder participar de um momento histórico do jornalismo, uma oportunidade para os alunos conhecerem o radiojornalismo no Brasil e, ao mesmo tempo, poderem valorizar a história, o que contribui para a formação desses futuros profissionais.

A cerimônia foi prestigiada por Olavo Marques, que foi suplente de Dalmácio no Repórter Esso e Reinaldo Tavares, jornalista, radialista e autor do livro "Histórias que o Rádio não contou".


As Faculdades Integradas Rio Branco homenagearam Dalmácio Jordão - o Repórter Esso

"Ser Repórter Esso sempre foi um sonho da minha vida, desde criança", afirmou o apresentador do Repórter Esso, Dalmácio Jordão, após receber uma placa de homenagem das Faculdades Integradas Rio Branco.

O radiojornalismo e o telejornalismo brasileiro seguem o padrão de apresentação, organização e pauta do pioneiro do Repórter Esso. Pedro Vaz, que desenvolveu o artigo "Referências da história do Repórter Esso", apresentou históricos áudios do Repórter Esso, e ressaltou que os futuros profissionais de Comunicação devem tê-lo como um referencial de checagem, ética e apuração.

 


Dalmácio Jordão

 

O último apresentador do Repórter Esso em São Paulo, referência de credibilidade, afirmou "Eu procuro transmitir com toda a honestidade, seriedade e ética aquilo que me é passado". Dalmácio era repórter 24h, possuía em sua casa um equipamento para efetuar as transmissões extraordinárias, como a morte do Papa Pio XII.

O radialista ressaltou que o repórter Esso não se preocupava apenas com o furo, a prioridade era dizer a verdade, e por isso o programa nunca precisou retificar informações. Sobre o futuro do rádio, afirmou que é um veículo ágil e, por isso, continua cativando as pessoas e, no futuro, a internet e o radio digital impulsionarão esse veículo. Dalmácio disse, ainda: "A magia que ele (o rádio) tem é essa rapidez, agilidade, essa coisa magnifica que é o radio e vai ser cada vez mais, ouvindo o rádio, você fica imaginando quem é a pessoa falando, você cria uma imagem".

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