Publicado em: 27/10/2015

27/10/2015

FRB Promove Debate sobre as Políticas e Direitos LGBT

As Faculdades Integradas Rio Branco realizaram o I Debate sobre os Direitos e Políticas Públicas LGBT, no dia 26 de outubro, promovendo a discussão sobre os principais temas que permeiam o cotidiano da comunidade representada por pessoas de orientações sexuais minoritárias ou manifestações de identidades de gênero, como lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros.

O debate foi idealizado por um grupo de alunos da instituição que fazem parte da Vanguarda Estudantil e as Faculdades Integradas Rio Branco, apoiaram a iniciativa para trazer ao ambiente acadêmico o debate sobre os direitos da comunidade LGBT.

Antônio Carlos Malheiros, desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo e professor do curso de Direito das Faculdades Integradas Rio Branco, foi mediador do debate e apresentou convidados: Soninha Francine, coordenadora de Políticas para Diversidade Sexual do Estado de São Paulo (PPS-SP); Rachel Rocha, membro da Comissão de Diversidade Sexual da OAB-SP; Cássio Rodrigo, assessor de Gêneros e Etnias do Estado de São Paulo, presidente da Diversidade Tucana (PSDB-SP) e militante LGBT; Fernanda de Moraes, assistente social e coordenadora do Fórum Paulista de Travestis e Transexuais; e o aluno do curso de Produção Audiovisual da Rio Branco, cineasta e militante LGBT, Felippe Francisco.


Felippe Francisco, Cássio Rodrigo,Soninha Francine, Antônio Carlos Malheiros, Fernanda de Moraes e Rachel Rocha

O desembargador Antônio Carlos Malheiros falou sobre sua atuação para garantir os direitos da comunidade. “Eu fui o primeiro juiz a conceder pensão para o companheiro de um funcionário público que faleceu e também o primeiro a conceder a guarda de uma criança para um casal do mesmo sexo. As leis e o judiciário são muito conservadores, porém temos que lutar por mudanças, mas elas não acontecem rapidamente”, contou.

Os participantes do debate contaram sobre suas trajetórias e enfatizaram a importância de garantir os direitos da comunidade LGBT na sociedade. Os principais temas abordados durante o debate foram homofobia, transfobia, desafios e avanços na política, participação e comoção social nessa luta, diferença entre transexuais e transgêneros e a luta pelo reconhecimento da identidade dos transexuais, travestis e transgêneros.

Para Cássio Rodrigo, a lei ainda é falha. “A homofobia tem que ser crime nesse país, pois, enquanto não for crime, nós não teremos mais nenhum direito adquirido”, completou.

Alunos, professores e participantes puderam fazer perguntas e esclarecer suas dúvidas com os integrantes da mesa.